Sete Perigosos Erros Com Medicamentos



Especialistas explicam os perigos em misturar medicamentos, falta de leitura de rótulos, e outros erros comuns com medicamentos.

O jogador de futebol, Terrell Owens, culpou sua recente ida ao hospital à uma mistura inadequada de analgésicos e um suplemento. O filho de Anna Nicole Smith, conforme foi notíciado morreu devido à mistura dos antidepressivos Lexapro e Zoloft e o remédio metadona em seu organismo.

A veracidade desse incidente ainda não foi determinada. Porém, o perigo de misturar medicamentos, suplementos, e/ou álcool é bastante real.

Pelo menos 1,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos são prejudicadas anualmente devido a erros na medicação, de acordo com uma informação emitida em Julho de 2006 pelo Instituto de Medicina.

As reduções de seus riscos concordam os especialistas, é, frequentemente, a utilização de bom senso e de formular ao seu médico ou farmacêutico as perguntas corretas. A WbMD solicitou a um farmacêutico, dois médicos e uma enfermeira para considerarem os erros mais comuns que levavam a erros na medicação e que sugerissem modos práticos para minimizar ou eliminar os riscos.

1. Mistura de Medicamentos que Interagem de Modo Antagônico.
"Antidepressivos e metadona juntos podem ser um verdadeiro problema", diz Russelll Jenkins, MD, membro da diretoria do Instituto de Práticas Medicas Seguras em Hunting Valley, Pensilvânia, médico de clínica geral há 27 anos. "Cada medicamento pode aumentar o efeito sedativo de outro".

"Analgésicos junto com suplementos podem ser um problema, devido a que você não sabe o que está contido nos suplementos, de vez que os mesmos não estão sob (o mesmo órgão) a Administração de Alimentos e Medicamentos (conforme estão os medicamentos)",acrescenta ele".

Determinadas outras combinações - mesmo que um dos medicamentos seja de venda livre - deverão, também, ser evitadas.

Vários antibióticos reduzem a eficácia de anticoncepcionais orais, diz Matthew Grissinger, RPh, um farmacêutico e analista de educação de segurança do Instituto de Praticas de Medicação Segura. "Faça uso de proteção adicional caso você esteja usando a pílula e tenha necessidade de antibiótico".

O medicamento Coumadin, destinado a afinar o sangue, utilizado por pessoas com coágulos no sangue ou com problemas nas válvulas do coração, não deverá ser misturado ao Ginseng, diz Jenkins. Nem deverá ser utilizado juntamente com a aspirina, acrescenta Grinsser. "É um efeito adicional", diz ele sobre a combinação Coumadin+aspirina. "Essa combinação aumenta suas possibilidades de hemorragia interna, ou caso você faça um corte no dedo, o sangue não irá se coagular tão depressa.

De fato, existem muitos medicamentos e suplementos que estão "fora de cogitação" quando você estiver tomando Coumadin.

Se você tem pressão alta, mesmo que esteja tomando medicamento para controle da pressão, você não deve utilizar descongestionantes nasais livremente vendidos na farmácia, sem antes conversar com seu farmacêutico ou médico, diz Grissinger. Esses preparados podem elevar sua pressão.

2. Misturando Medicamentos e Álcool.
"A prescrição de remédios contra a dor e ansiedade tais como o Valium e Xanax podem ter um efeito adicional quando misturados com álcool", diz Grissinger. "Você não ficará alerta. Seu tempo de resposta ao dirigir irá ser afetado. Não faça essa mistura".

Outro medicamento que não deve ser misturado com álcool: Acetaminofen (Tylenol) e álcool, posto que isso poderá provocar danos ao seu fígado.

Remédios feitos por fórmulas manipuladas, para tosse e resfriado com antiestaminicos, não deverão ser misturados com álcool porque eles irão ampliar os efeitos sedativos, diz Greissinger. Esta advertência se aplica também ao uso de medicamentos narcóticos contra dores.

"Seja cuidadoso em misturar álcool com determinados antibióticos", diz Jenkins."As principais interações de antibiótico+álcool são com metranodizol (Flagyl) e os medicamentos com sulfa - antibióticos comumente utilizados". Um exemplo de medicamento que contém sulfa é o Bactrim.

A mistura de metradonizol e álcool podem provocar náusea, vômito, rubor facial, dores de cabeça e de estômago, diz Jenkins.

3. Saindo do Consultório Médico sem Informação Suficiente.
"Quando você sai do consultório médico, precisa saber o nome do medicamento, e para que ele se destina", diz Grissinger. Pergunte quantas vezes ao dia você deverá tomá-lo, acrescenta ele, e como você poderá reagir ao mesmo.

"Peça instruções por escrito", diz Jenkins. "No consultório médico, as pessoas somente se lembram de cerca de um terço do que os médicos lhes dizem" acrescenta ele, citando varias pesquisas efetuadas.

4. A Prescrição Errada da Farmácia.
Não é sempre seu o engano, está claro, mas há muitos modos de você diminuir o erro. Inicialmente, como ele acontece: "Um farmacêutico pode ser incapaz de ler a caligrafia do médico", diz Grissinger. Uma solução é, peça ao seu médico para escrever na receita para que medicamento é indicado. Desta forma, se o remédio é um dentre muitos com som semelhante. Com nome parecido, o seu farmacêutico pode conferir duplamente o fato de que ele está lhe fornecendo o remédio correto lendo para que serve o medicamento.

Sempre confira o remédio antes de sair da farmácia para se assegurar que o seu nome está na etiqueta do recipiente, diz Grissinger. "Se você está pegando um reabastecimento do remédio terminado, abra o recipiente em frente ao farmacêutico e se assegure de que as pílulas sejam semelhantes as que você utilizava. Se por acaso não sejam semelhantes, pergunte o por que". Pode ser que pelo simples fato de que os fabricantes mudaram a cor, diz ele, mas verifique isso para ter certeza.

5. Utilizando Diversas Farmácias.
"Se você vai a variadas farmácias, elas não poderão selecionar sobre as interações do medicamento", diz Grissinger, porque elas não terão uma lista completa de todos os medicamentos que você está utilizando, o que uma mesma farmácia poderia ter arquivada em seu computador. Se você estiver utilizando sua farmácia de uma Assistência Médica e também utiliza de seu serviço de entrega via correio, cada um desses departamentos poderá não ter uma lista dos medicamentos constantes na lista do outro departamento, diz ele.

Caso você insista em utilizar-se de diversas farmácias devido a conveniência de economia, "mostre-lhes uma lista de cada um dos medicamentos que você estiver utilizando". Diz Grissinger.

Caso você vá a outro profissional de saúde - por exemplo, um dermatologista além de seu clínico geral - eles deverão perguntar quais outros medicamentos você está utilizando antes de prescrever outro medicamento. Mas, se eles não fizerem esta pergunta, esteja preparado para informá-los. De uma maneira ou outra, leve uma lista dos seus medicamentos e doses utilizadas dos mesmos, consigo, diz David W. Bates, MD, chefe da divisão de medicina geral no Hospital Brigham e de Mulheres, e professor de medicina da Escola de Medica de Harvard. Bates trabalhou no comitê de Instituto de Medicina na identificação e prevenção de erros médicos.

6. Não Tomando os Medicamentos conforme Prescritos.
"A obediência em tomar os medicamentos é um problema capital, especialmente nos idosos", diz Jenkins. "Cerca de um terço das pessoas idosas não tomam os medicamentos conforme foi prescrito".Isso pode ser relacionado ao preço do re´medio, diz ele, ou simplesmente por esquecimento.

O que fazer? Você pode utilizar aquelas caixinhas que ajudam a lembrar abastecendo por um dia ou uma semana em cada uma delas, ou simplesmente colodando seu medicamento em um lugar aonde você irá se lembrar de tomá-lo. A mãe de Grisinger, por exemplo, coloca seu medicamento que deve ser tomado diariamente no parapeito da janela, em plena visibilidade.

Quando um medicamento é prescrito, diz Jenkins, pergunte ao seu médico se existe alguma maneira de tomá-lo com menor freqüência durante o dia, como, por exemplo, mudar para uma dosagem mais elevada que não requeira tomar tantas doses ao dia.

Enquanto alguns esquecem de tomar o remédio, outros tomam em overdose, diz Bates. "Uma dose demasiada de um medicamento leva o paciente a um distúrbio", diz ele. E, isso inclue as fórmulas preparadas na farmácia de manipulação. "As pessoas não irão obter suficiente alivio e irão tomar maior quantidade julgando que isso será de ajuda". Frequentemente, isso pode ser traduzido por uma só palavra: Problema, diz ele.

7. Um Paciente Hospitalizado não fazendo Suficientes Perguntas.
A cada ano, cerca de 400.000 danos ocasionados com relação a medicamentos em hospitais dos Estados Unidos, de acordo com relatório do Instituto de Medicina.

Fale, ou peça a alguém de sua família que o faça por você, sugere Kathleen R. Stevens,EdD, RN, professora e diretora do Centro Acadêmico para Prática de Evidencia Baseada na Prática no Centro de Ciência da Saúde d Universidade do Texas, em San Antonio. Stevens também trabalhou no comitê do Instituto.

"O "erro" mais comum é o de não tomar o remédio na hora exata", diz ela. "Alguns medicamentos são bastante sensíveis ao horário de sua administração".

Em aditamento a seguir quanto é o tempo exato para tomar o medicamento, ou pedindo a algum membro da família para ajudar, existem outra perguntas que vale a pena serem feitas, diz ela. Quando a enfermeira trás o medicamento, diz ela, pergunte: "Para que serve? O que posso esperar em termos de reação de melhora? Esse medicamento é indicado para ser tomado com quaisquer das demais medicações que estou tomando?

Você deverá esperar que a enfermeira pergunte qual é seu nome e verificar na pulseira de identificação antes de lhe aplicar a medicação, em conformidade com o Instituto de Práticas Seguras da Medicação.

Stevens pede aos pacientes que tragam para o hospital (ou que um membro da família o faça, no caso de uma internação de emergência) todos os medicamentos que você esteja usando, incluindo relação da dosagem de cada um deles.
Artigo especial de WebMD

Revisto por Louise Chang, MD
Tradução de Reynaldo Ramos Maximino


Contatos: conceitoacao@marcosmaximino.psc.br
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